- Deslumbradas pelo desenho animado dez crianças entre dois e onze anos parecem ter esquecido que estão na sala da pediatria do Hospital Central de Maputo. Com os olhos vidrados na TV de 29 polegadas, elas sugam com prazer uma saqueta que parece doce de leite.
“Tome. É remédio de docinho”, insiste a mãe de Manuel, quem por estar tão entretida com o desenho nem dá atenção para o doce com que seus colegas se deliciam.
Todos os menores que ali estão são gordinhos e alegres; ninguém diria que estão ali para fazer o tratamento da Sida.
O responsável pela aparente boa nutrição deles e o Plumpy’Nut ou “remédio de docinho”, como diz a mãe de Manuel, a mais nova estratégia contra a desnutrição entre as crianças seropositivas de Moçambique.
A saqueta de 92 gramas, a base de amendoim enriquecida com vitaminas e minerais, equivale a 500 kilocalorias.
“Contem praticamente todos os nutrientes que uma criança precisa diariamente”, disse ao PlusNews a oficial de Projectos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) , Christiane Rudebert.
Uma criança de onze quilos moderadamente malnutrida precisa de uma saqueta diária; uma gravemente malnutrida, quatro.
Segundo o ultimo relatório do Unicef sobre a situação nutricional global, em Moçambique, 24 quarto por cento das crianças são mal nutridas, a maior taxa na África Austral.
Em várias enfermarias de desnutrição, mais da metade das crianças são seropositivas. Entre elas, a taxa de mortalidade é o dobro em comparação as malnutridas seronegativas, segundo um levantamento do Ministério da Saúde (MISAU).
Estima-se que 92 mil crianças vivem com HIV/Sida em Moçambique, onde a seroprevalência média nacional é de 16.2 por cento.
As crianças seropositivas são mais vulneráveis a malnutrição devido a progressão das doenças oportunistas, como a diarreia persistente, diz a coordenadora nacional do tratamento antiretroviral pediátrico do MISAU, Paula Vaz.
O Plumpy’Nut é dado para 2.480 crianças seropositivas em oito centros de saúde nas províncias de Cabo Delgado, Tete, Sofala, Gaza e Maputo. Nas cidades de Maputo e Xai-Xai, província de Gaza, um levantamento entre 2003 e 2005 constatou uma grande melhoria na saúde das crianças.
“É um produto terapêutico, mas as crianças adoram. É como um chup-chup”, comenta Rudebert.
Este complemento alimentar, produzido pela empresa francesa Nutriset. Mantêm-se 24 meses, e vem em embalagem simples pronto para usar.
Ate 2007, o MISAU pretende atingir 4.135 crianças seropositivas desnutridas, em todas as províncias, a um custo de 303 mil dólares norte-americanos.
Um estudo sobre o uso do Plumpy’Nut em adultos está em curso no Malawi.
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