- Desde domingo passado, o Ramadão impõe aos muçulmanos um jejum diurno que pode fragilizar o organismo de uma pessoa vivendo com o HIV, especialmente se estiver doente ou em tratamento antiretroviral, dizem os médicos.
Jejuar é contra-indicado para os seropositivos que tenham tido uma doença oportunista e com um nível de CD4 inferior a 200, diz a organização senegalesa Sida Info Service, na internet.
As células CD4 combatem as infecções no corpo humano. Numa pessoa saudável, a contagem normal pode variar entre 600 a 1200 células.
Se esses pacientes devem tomar antiretrovirais, três vezes por dia, e outros medicamentos, durante as refeições, “as instruções têm de ser imperativamente respeitadas, porque os remédios não fazem nenhum efeito se forem tomados sem os alimentos. Desaconselha-se a deixar de tomar a dose do meio-dia”, previne a organização.
A falha de doses pode criar resistência aos antiretrovirais.
Por outro lado, enfatiza a Sida Info Service, “uma pessoa seropositiva sem tratamento e com uma imunidade superior a 500 CD4 pode fazer o jejum desde que tenha uma refeição correcta e equilibrada antes e depois do pôr do sol”.
O jejum não é obrigatório se põe em perigo a saúde dos seus seguidores, diz o Alcorão, que foi revelado ao profeta Maomé durante o mês do Ramadão, o nono do calendário dos muçulmanos.
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